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Saúde 4.0: conectividade e inovação no setor

A saúde 4.0 está se tornando cada vez mais palpável e vem para trazer evoluções importantes não só no setor da saúde, mas em todas as indústrias. 

A revolução da Indústria 4.0 já está redefinindo a forma como fabricamos as “coisas” hoje. Através dessas mudanças, ela vem trazendo soluções que possibilitam que as empresas alcancem uma inovação mais rápida e aumentem a eficiência em toda a cadeia de valor. 

Mas, no universo da fabricação de dispositivos médicos, que é carregado de normas regulatórias, muitos dos processos ainda são baseados em papel. Onde a saúde 4.0 se encaixa nessa história? Como isso ajudará os fabricantes a atender a demanda de dispositivos médicos cada vez mais sofisticados, de alta qualidade e rigorosamente regulamentados?

Na nova era, os dispositivos de IoT estão se vinculando cada vez mais com a Internet das Coisas, utilizando chipsets, recursos de processamento e sensores altamente sofisticados. São móveis e conectam soluções em novas áreas, como dispositivos específicos de pacientes e testes de diagnóstico eletrônico.

Futuro da fabricação de dispositivos médicos

A saúde 4.0 abrange várias tecnologias de automação, troca de dados e fabricação que estão mudando a forma de produzir produtos e expandindo as fronteiras de novas oportunidades de fabricação inovadoras. 

Ele é modelado em uma organização de cadeia de valor que mescla o mundo real e virtual usando a Internet das coisas (IoT) e a Internet de serviços (IoS). Ele fornece às fábricas, inteligência em tempo real, permitindo que produzam com eficiência os produtos com maior qualidade e totalmente personalizados. 

Cinco anos atrás, o mercado de conectividade de dispositivos médicos era em grande parte insignificante, mas agora é esperado que cresça 38% nos próximos cinco anos, adotando as capacidades da IoT na saúde 4.0.

A IoT reúne objetos físicos com software, sensores e conectividade de rede, o que significa que eles podem coletar e trocar dados entre si. 

As máquinas inteligentes são capazes de capturar com precisão os dados em tempo real e se comunicar com os produtos que estão sendo produzidos para tomar as melhores decisões durante a produção. 

Isso não apenas aumenta a produtividade, mas também identifica qualquer ineficiência, aumenta a consistência da qualidade e reduz o desperdício, quando falamos em melhor utilização de máquinas e redução de lixo.

Além de tornar os processos de fabricação existentes mais eficientes, a saúde 4.0 irá oferecer novas oportunidades, como aumento da competitividade; aceleração da inovação; desenvolvimento de novos produtos para o mercado de forma rápida; adicionando capacidade para personalizar facilmente pedidos individuais e permitindo uma resposta eficiente às demandas dos clientes.

Desafios e inovações

Os fabricantes de dispositivos médicos estão enfrentando desafios cada vez maiores na saúde 4.0 em termos de preço, velocidade de comercialização, aumento da complexidade do produto (fabricação) e conformidade regulatória mais rigorosa.

Os hospitais também estão mudando a maneira pela qual compram equipamentos, trabalhando para otimizar seus custos. Isso tudo, somado à complexidade do produto pode levar a maiores riscos ameaçando a qualidade e exigindo mais investimentos em tecnologia de ponta, além de análise mais profunda dos dados de produção para melhorar os processos.

Os equipamentos médicos certamente se tornarão sistemas físicos integrados a um conjunto de sistemas, em que o valor da informação dos sensores dentro dos dispositivos será maior do que o valor dos próprios aparelhos.

As informações dos pacientes obtidas a partir de sensores de dispositivos ou automonitoramento podem reduzir os custos gerais do modelo de atendimento com um foco maior na prevenção de doenças e na detecção precoce. 

Saúde 4.0 e doenças crônicas

A Internet das Coisas Médicas (IoMT) reúne tecnologia, dispositivos médicos e aplicativos que oferecem dispositivos personalizados e programas de atendimento específicos ao paciente.

Os dispositivos móveis que podem rastrear doenças crônicas e outras doenças associadas ao estilo de vida, como a diabetes, são uma área de mercado em rápido crescimento e uma que responde à conectividade fornecida pela IoT. 

Os exemplos de dispositivos na saúde 4.0 incluem lentes de contato que podem detectar níveis de glicose e dispositivos para monitorar a ingestão calórica. 

Uma nova área da medicina bioeletrônica também está surgindo, com a criação de dispositivos em miniatura que são implantados no corpo e podem ajudar a tratar doenças como artrite, diabetes e asma, enviando os sinais elétricos diretamente nas vias nervosas.

Outras áreas de inovação incluem cirurgia assistida por robô; novos inaladores inteligentes que rastreiam o uso e alertam sobre ataques de asma e selos biométricos que funcionam como uma alternativa de ‘laboratório em um chip’ (LOC) para reagentes e produtos químicos. 

Um LOC é um sistema de laboratório automatizado que pode ser usado dentro e fora de um hospital para medição de pacientes, como gases sanguíneos, glicose e colesterol. Essa tecnologia permite diagnósticos rápidos com apenas pequenas quantidades de amostras e materiais necessários. 

Como será a produção?

Os objetos físicos que passam pelos processos de produção irão incorporar o seu próprio software para interagir com máquinas mais inteligentes. A troca inteligente de informações dentro de um ambiente totalmente em rede permitirá que a produção seja autogerenciável.

Isso muda o chão da fábrica de um modelo de controle centralizado para um modelo descentralizado que requer pouca ou nenhuma intervenção do operador. 

A integração vertical das operações do chão de fábrica, no entanto, não deve ser esquecida, pois isso é vital para a conformidade com a aplicação da qualidade do produto em cada estágio de produção. 

Ele também é necessário para acomodar outros processos de negócios, como logística, engenharia, vendas ou operações – todos com componentes dentro da fábrica, além de outros que residem além da fábrica e que são cruciais para que um processo de negócios seja executado com eficácia. 

O smart shop floor usará a IoT como um caminho de comunicação suportado por tecnologias como a computação em nuvem, que pode fornecer capacidade e armazenamento “a qualquer hora, em qualquer lugar” para as enormes quantidades de dados gerados. 

O MES (Manufacturing Execution System) precisa ser capaz de se expandir para acomodar a diversidade e o volume desse “big data”. O MES precisa agregá-lo e colocá-lo em contexto para transformá-lo em informações valiosas que podem ser usadas para melhorar os processos, identificar quaisquer discrepâncias e resolver problemas de qualidade antes que eles cheguem ao cliente. 

A análise em tempo real usando técnicas avançadas, como processos in-memory e eventos complexos, também pode ser usada para aumentar ainda mais a eficiência no futuro.

Fontes:

Industry 4.0: Manufacturing and the future of medical things – Asian Hospital & Healthcare Management

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